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sexta-feira, maio 23, 2025

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Amazônia em pauta: Diálogos em Manaus moldam futuro do Brasil até 2050

Evento reúne governo, academia e setor produtivo para planejar desenvolvimento sustentável da região.

Manaus foi palco, nesta quarta-feira (15/05), de um encontro estratégico para a construção da Estratégia Brasil 2050, projeto nacional de planejamento de longo prazo promovido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), com apoio do Governo do Amazonas. O evento, realizado na sede da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), reuniu representantes de governos, instituições de ensino, empresários e sociedade civil, que debateram propostas para impulsionar o desenvolvimento regional com foco em inovação, bioeconomia, soberania tecnológica e superação das desigualdades regionais.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, destacou a importância de ouvir os estados amazônicos na formulação de uma agenda nacional mais inclusiva. “A visão local é indispensável para construir um Brasil mais justo e verdadeiramente integrado à Amazônia. Não podemos continuar divididos entre o ‘Brasil’ e o ‘Grão-Pará e Rio Negro’. Somos uma única nação desde 1823”, afirmou. Já a secretária nacional de Planejamento do MPO, Virgínia de Ângelis, reforçou que a escuta ativa no Amazonas é essencial para moldar políticas públicas que considerem as especificidades da região. “Queremos saber quais são os desafios e potencialidades locais para promover um desenvolvimento sustentável nos próximos 25 anos”, explicou.

Entre as ações estruturantes discutidas está a Rota 2 da integração sul-americana, que atravessa o Amazonas e tem como objetivo fortalecer o comércio do Brasil com países vizinhos e a Ásia, reduzindo custos e tempo de transporte de mercadorias. A reitora da Ufam, Tanara Lauschner, enfatizou a necessidade de investimentos na formação de talentos e produção de conhecimento científico na região. “Precisamos diminuir a assimetria entre Norte e Sudeste para garantir desenvolvimento social real à população amazônica”, disse. A contribuição das universidades e institutos federais foi apontada como fundamental para alavancar soluções inovadoras e adaptadas ao bioma amazônico.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, reforçou o compromisso do setor produtivo em colaborar com ideias que atualizem e fortaleçam a economia regional. “Queremos reafirmar o valor da nossa bioeconomia e da Zona Franca de Manaus, apostando em tecnologia, inovação e uso sustentável dos recursos naturais”, declarou. Com esse diálogo multidimensional, o Brasil dá passos concretos rumo a uma visão estratégica de país que reconhece a Amazônia como protagonista no futuro socioeconômico e ambiental do continente.

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