Debate em Abaetetuba aborda crise do açaí, propondo soluções para fortalecer produtores e garantir segurança alimentar, com impacto global na cadeia produtiva.
A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), por meio da Comissão de Direitos Humanos e do Grupo de Trabalho da Crise do Açaí, realizou, em 21 de maio, um debate público em Abaetetuba para discutir os desafios da cadeia produtiva do açaí. Liderado pelo deputado Bordalo, o evento reuniu produtores, batedores e comerciantes do Baixo Tocantins, buscando soluções para a safra, entressafra e o fortalecimento econômico da região.
No Colégio São Francisco Xavier, mais de 20 trabalhadores, como José Raimundo dos Santos, de Igarapé-Miri, e Isaías Neri Rodrigues, de Itacuruça, expuseram problemas como insegurança, falta de acesso a saúde e dificuldades com irrigação e financiamento. Bordalo anunciou um Projeto de Lei para reconhecer batedores como agentes econômicos e um relatório, a ser apresentado em 120 dias, com ações para enfrentar a crise, incluindo câmaras técnicas para diagnóstico e expansão nacional.
A crise do açaí reflete desafios globais de segurança alimentar e sustentabilidade. O Grupo de Trabalho, com representantes de diversos setores, visa propor políticas para estabilizar a produção e reduzir preços na entressafra. Investimentos em irrigação, tecnologia e crédito podem fortalecer pequenos produtores, enquanto a conexão entre agricultura e segurança pública, destacada pela prefeita Francinete Carvalho, aponta para um modelo integrado de desenvolvimento local com potencial de inspirar outras cadeias produtivas.
O debate reforça a urgência de proteger cadeias produtivas como a do açaí, essencial para comunidades amazônicas e mercados globais. Apoiar iniciativas como o Projeto de Lei e o Grupo de Trabalho pode garantir sustentabilidade, segurança alimentar e dignidade para produtores, inspirando ações globais para cadeias agrícolas vulneráveis e promovendo um futuro mais equitativo.
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