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sexta-feira, maio 23, 2025

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Roraima: Conselheiros tutelares vão a ALER denunciar falta de estrutura

ALE-RR promete ações após relatos de salários baixos, falta de veículos e sedes inadequadas para atendimento a crianças e adolescentes.

O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio (Republicanos), recebeu nesta quarta-feira (14) conselheiros tutelares de 12 municípios para ouvir denúncias sobre a falta de estrutura no atendimento a crianças e adolescentes. Entre os problemas relatados estão a ausência de prédios próprios, veículos insuficientes, salários defasados e a precariedade das condições de trabalho – muitas unidades funcionam em espaços alugados ou improvisados. “É urgente agir para fortalecer esses conselhos”, afirmou Sampaio, que estava acompanhado de deputados de diferentes partidos.

A conselheira Gélica Rodrigues, de Amajari, destacou a desvalorização da categoria: “Recebemos R$ 1.700, valor abaixo de outras cidades, e trabalhamos em salas compartilhadas, inadequadas para atender vítimas de violência”. Outros relatos apontaram a falta de diárias para deslocamentos a regiões remotas e a carência de equipamentos básicos, como computadores e móveis. A situação é ainda mais crítica diante do aumento de casos de violação de direitos, incluindo violência sexual contra menores.

Representantes do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedcar) e da Associação dos Conselheiros (Aceterr) reforçaram a necessidade de apoio. “Sem estrutura, não há proteção integral”, disse André Lucas Paz, presidente do Cedcar. A deputada Joilma Teodora (Podemos), da Comissão de Defesa da Família, prometeu buscar soluções: “Vamos destinar recursos no orçamento de 2025 para melhorar sedes e salários”.

Como próximo passo, a ALE-RR criará um grupo de trabalho com conselheiros dos 15 municípios para mapear demandas específicas. Parlamentares também se comprometeram a doar móveis e pressionar por verbas emergenciais. “Esses profissionais são a primeira porta de socorro para vítimas. Precisamos dar condições dignas a eles”, resumiu a deputada Angela Águida Portella (Progressistas). A reunião marcou o início de uma articulação que deve envolver também o governo estadual e o Judiciário.

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