Governo estadual assume gestão do HGP para ampliar especialidades, equipamentos e reduzir filas em 6 municípios do sudeste paraense.
O Hospital Geral de Parauapebas (HGP) dará um salto na qualidade do atendimento: nesta sexta-feira (4), o governador Helder Barbalho e a vice Hana Ghassan anunciaram a estadualização da unidade, que passará a atender como referência regional para Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado e parte de Marabá. A medida visa ampliar especialidades médicas, modernizar equipamentos e reduzir a necessidade de deslocamentos para Belém. Atualmente, o HGP já realiza 300 partos/mês e 10 mil atendimentos de urgência, mas enfrenta limitações por ser municipal.
Com a transição, o hospital ganhará novas especialidades (como maternidade de alta complexidade e UTI neonatal) e reforço no parque tecnológico. “Vamos suprimir uma demanda reprimida”, explicou o diretor Yuri Braga, citando que muitos pacientes dependiam de Marabá para neurocirurgias e outros procedimentos. A secretária de Saúde, Ivete Vaz, destacou que a ação faz parte de um plano de descentralização que já levou hospitais estaduais a outras regiões do Pará.
A estadualização é celebrada por moradores como Ana Carvalho, engenheira: “É um ganho enorme para quem precisa de saúde na região”. O anestesista Alisson Campos, do HGP, reforça: “Hoje já atendemos pacientes de várias cidades. Com mais recursos, faremos mais cirurgias localmente”. A meta é reduzir em 30% os encaminhamentos para Belém, segundo projeções do governo.
O HGP já é um gigante subutilizado: 1.200 atendimentos/mês na maternidade; 6 salas cirúrgicas (que operam abaixo da capacidade); 1 mil internações/mês. Com a gestão estadual, a unidade deve dobrar o número de procedimentos de média e alta complexidade até 2025, incluindo exames como ressonância magnética, hoje indisponíveis.
Enquanto os trâmites de transição começam, a população pode acompanhar as novidades no site da Secretaria de Saúde. “Queremos saúde de qualidade perto de onde as pessoas vivem”, resumiu Barbalho. Para os moradores da região, a promessa é clara: menos estrada, mais saúde.
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