Fepiam revela impacto de 15 meses de ações que unem tradição e empreendedorismo em nove eventos pelo estado.
O Governo do Amazonas está redefinindo o conceito de desenvolvimento econômico ao investir mais de R$ 1,3 milhão em ações voltadas para povos indígenas entre fevereiro de 2024 e março de 2025. Por meio da Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam), iniciativas como megafeiras de artesanato e eventos culturais têm promovido não apenas renda, mas também a valorização da cultura e dos territórios tradicionais. Para especialistas, este modelo pode servir de exemplo para outros estados brasileiros que buscam práticas sustentáveis de crescimento econômico.
Segundo Nilton Makaxi, presidente da Fepiam, os números refletem um avanço significativo nas políticas públicas voltadas às comunidades indígenas. “Estamos apostando no empreendedorismo e na preservação cultural, garantindo que cada real investido impacte diretamente a vida desses povos”, explica. O diretor administrativo e financeiro, Joabe Leonam, complementa que o sucesso vai além dos valores arrecadados: “Esse modelo de desenvolvimento respeita saberes ancestrais e gera dignidade”. Nos últimos 15 meses, nove megafeiras foram realizadas, destacando-se o Festival Folclórico de Parintins, que movimentou impressionantes R$ 637 mil.
Os resultados das ações mostram um impacto transformador. A Feira do Artesanato Indígena de Barcelos, por exemplo, quase dobrou sua arrecadação na segunda edição, saltando de R42milparaR 77 mil. Outros eventos, como a Feira Nacional de Artesanato em Belo Horizonte e a Expoagro 2024, garantiram visibilidade nacional e geraram oportunidades comerciais expressivas. Em março de 2025, uma Rodada de Negócios nos municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Parintins resultou em acordos de R$ 187 mil, consolidando a cadeia produtiva indígena como um motor de economia regional.
A Fepiam planeja expandir ainda mais essas iniciativas, garantindo que políticas públicas continuem a apoiar a sustentabilidade e o crescimento econômico das comunidades indígenas. Com resultados concretos e um modelo replicável, o Amazonas se firma como um laboratório de práticas inovadoras que equilibram tradição e progresso. Enquanto isso, o Brasil acompanha atento esse exemplo de etnodesenvolvimento que pode inspirar mudanças em escala nacional.
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