Escola Irmã Dorothy Stang revela talentos literários enquanto governo expande programa para 162 unidades; 48 mil alunos beneficiados em 2024.
Em Marabá, a Escola Estadual de Tempo Integral Irmã Dorothy Stang tornou-se símbolo de transformação educacional. O estudante Daniel Rodrigues Lima, 17, é prova disso: incentivado pelo componente Projeto de Vida e pelo clube de leitura “Chá com Livros”, ele acaba de finalizar seu primeiro livro de poesias, “Uma viagem ao jardim dos ecos”. “A escola me deu ferramentas para explorar minha escrita. Agora, vejo meu trabalho reconhecido nacionalmente”, conta, orgulhoso.
A paixão de Daniel pela poesia começou cedo, mas foi no ensino integral que ele encontrou estrutura para florescer. A professora Luciana Noleto identificou seu potencial e o guiou para concursos literários. Hoje, além do livro, um de seus poemas integra a antologia “TERRA”, a ser lançada na FLIP 2025. “Quero mostrar que é possível sonhar alto, mesmo vindo de uma escola pública”, diz o jovem, que já planeja seu segundo romance.
O sucesso de Daniel reflete um movimento maior: em 2024, o Governo do Pará ampliou o Programa de Ensino Integral (PEI) para 49 novas unidades, totalizando 162 escolas. Enquanto em 2018 eram 6 mil matrículas, hoje são 48 mil alunos beneficiados. “O tempo integral permite que os estudantes descubram habilidades e construam projetos de vida”, explica Francisco Vieira, diretor da escola de Marabá.
A Escola Irmã Dorothy Stang dispõe de salas de leitura acolhedoras e projetos que integram arte e educação. “Aqui, os alunos são protagonistas. O ensino integral não é só sobre tempo, mas sobre qualidade”, reforça Vieira. Com casos como o de Daniel, o Pará mostra que educação pública de excelência não é utopia – é um caminho possível, feito de incentivo, infraestrutura e oportunidades.
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