Capital amazonense fecha fevereiro com 13,98 homicídios por 100 mil habitantes, resultado histórico desde 2000.
Manaus alcançou um marco histórico na segurança pública: fevereiro de 2024 registrou a menor taxa de homicídios dos últimos 25 anos, com 13,98 mortes por 100 mil habitantes, segundo dados preliminares da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). O número representa uma queda drástica em comparação aos 35,85% de 2000, quando o monitoramento criminal começou. Apesar do crescimento populacional — de 1,4 milhão para mais de 2,2 milhões de habitantes —, a redução reflete estratégias como integração entre forças policiais, investimentos em tecnologia e validação rigorosa de dados.
O secretário Vinícius Almeida destacou que o resultado é fruto de operações coordenadas entre PM, Civil, Bombeiros e Polícia Científica, aliadas a avanços tecnológicos. “Hoje, otimizamos o uso de efetivos com sistemas inteligentes e reforço de novos servidores”, explicou. Em 2023, o Amazonas já havia subido para a 7ª melhor segurança do Brasil, segundo dados nacionais. A tecnologia, segundo Almeida, permitiu antecipar ameaças e direcionar ações em áreas críticas, como mostram os 27 homicídios registrados em fevereiro — queda de 37% ante os 43 casos do mesmo período em 2023.
Todos os dados são auditados pelo Centro Integrado de Estatística de Segurança Pública (Ciesp), vinculado ao Ministério da Justiça, garantindo transparência. “Nenhum número é inventado. São resultados de trabalho árduo e validação científica”, afirmou Almeida. A queda não é isolada: janeiro também bateu recorde, consolidando o primeiro bimestre como o mais seguro desde 2000. Para especialistas, a tendência reflete políticas contínuas de prevenção e combate ao crime organizado, antes inexistente na região.
A população, porém, ainda exige cautela. Enquanto autoridades celebram o avanço, o desafio permanece em manter a queda em áreas periféricas, onde o tráfico ainda atua. “Estamos no caminho certo, mas não podemos parar”, ressaltou Almeida. Com investimentos em inteligência e diálogo comunitário, a meta é transformar o Amazonas em referência nacional de segurança — um legado que, se mantido, pode inspirar outras regiões a replicarem o modelo.
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