Nicolau Júnior e Naluh Gouveia destacam disparidade de verbas e prometem ações concretas; secretaria recebe apenas R$ 9 milhões em 2024.
O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior (PP), reuniu-se com a conselheira do TCE Naluh Gouveia e lideranças femininas para discutir o combate à violência contra a mulher. O foco: corrigir a desigualdade histórica no orçamento. Enquanto a Secretaria da Mulher recebeu R$ 9 milhões em 2024, a comunicação estadual foi contemplada com R$ 33 milhões – um contraste que Naluh classificou como “inaceitável”. “Precisamos de verbas proporcionais à gravidade do problema”, afirmou.
Naluh Gouveia apresentou números que expõem a negligência: em 2022, a Secretaria da Mulher teve R$ 3 milhões, contra R$ 13 milhões para comunicação. Em 2023, o abismo aumentou: R$ 3 milhões para mulheres e R$ 20 milhões para comunicação. “Como combater violência sem recursos?”, questionou. Ela destacou ainda a urgência de campanhas educativas e a necessidade de engajar homens na causa: “A violência é um problema de todos”.
O deputado garantiu apoio à revisão orçamentária, citando o crescimento da arrecadação estadual. “A Aleac está aberta para debater prioridades. Não dá mais para ignorar essa desigualdade”, disse. Nicolau também enfatizou seu posicionamento pessoal: “Como cidadão e presidente, repudio toda forma de violência. Vamos usar nossa estrutura para fortalecer políticas públicas”. A promessa inclui envolver todos os deputados no debate e garantir transparência.
O encontro marcou um ponto de virada , com acordos para monitorar a destinação de recursos e ampliar ações preventivas. “Essa luta não é só das mulheres. É de toda a sociedade”, resumiu Nicolau. A expectativa é que o orçamento de 2025 reflita prioridades mais justas, com investimentos em assistência social, educação e segurança para vítimas. Enquanto isso, a pressão popular continua: “Sem recursos, não há avanço”, alertou Naluh.
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