Prefeitura leva tecnologia de ponta para ampliar produtividade e sustentabilidade nas lavouras.
A Prefeitura de Boa Vista está transformando a realidade da agricultura familiar nas 13 comunidades indígenas do Baixo São Marcos e na região do Murupu, com a aplicação de calcário para correção do solo. Essa prática, essencial para reparar deficiências nutricionais e reduzir a acidez excessiva que limita o crescimento das plantas, está sendo realizada com o suporte de maquinários modernos disponibilizados pelo município. O secretário de Agricultura e Assuntos Indígenas, Guilherme Adjuto, destaca que repor nutrientes como cálcio e magnésio é fundamental para preservar a fertilidade do solo e garantir boas colheitas. “Estamos levando às comunidades indígenas as mesmas tecnologias usadas pelos grandes produtores de grãos dentro e fora do estado”, afirmou.
Na comunidade Campo Alegre, onde famílias trabalham com cultivos de milho, macaxeira, mandioca, melancia, banana, feijão e maxixe, o impacto já é visível. Antes limitados a uma área de cinco hectares, os agricultores agora expandem sua produção para dez hectares, graças ao apoio da prefeitura. “Somos 154 famílias que vivem da agricultura aqui. Sem esse auxílio, seria impossível aplicar calcário nessa nova área. Agora, estamos conseguindo dobrar nossa capacidade de plantio e melhorar nossos resultados”, conta a tuxaua Marister da Silva. O projeto não para por aí: após a correção do solo, a prefeitura também fornece adubos de base (NPK) e de cobertura, além de auxiliar na colheita mecanizada.
O coordenador geral de agricultura da região Baixo São Marcos, Alquino Pereira, ressalta como o apoio mecanizado mudou a rotina dos agricultores. “Antes, tudo era feito manualmente. Para aplicar calcário, usávamos enxadas, o que demandava muito tempo e esforço físico. Quem trabalha na terra precisa cumprir prazos rigorosos, desde a preparação do solo até a colheita. Sem ajuda, era necessário reduzir a área de cultivo para conseguir acompanhar todas as etapas”, explica. Agora, com máquinas e técnicas modernas, as comunidades conseguem aumentar sua eficiência produtiva, reduzindo custos operacionais e preservando recursos naturais.
Essa iniciativa demonstra como o manejo adequado do solo, aliado ao uso de tecnologia, pode impulsionar a agricultura familiar de forma sustentável. Além de garantir maior produtividade, o projeto fortalece as comunidades indígenas, proporcionando autonomia e melhores condições de vida para centenas de famílias. Com esse apoio, Boa Vista se consolida como um exemplo de inovação e inclusão no campo, promovendo desenvolvimento rural com respeito à cultura e ao meio ambiente.
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